Observador Isento (Unbiased Observer)

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Thursday, November 03, 2005

Pinga ou aguardente

Antigamente, no Brasil, para fazer melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora ? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo (fermentado). Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado: o "azedo" do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e se formaram no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava (por isso o nome PINGA).
Quando a pinga batia nas costas dos escravos marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de "ÁGUA-ARDENTE".
Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
Hoje, como todos sabem, a AGUARDENTE, também chamada PINGA, inventada casualmente pelos escravos, é símbolo nacional!
(História contada no Museu do Homem do Nordeste.)

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