O galo português
Luiz A. Góes
Viajando em Portugal, ouvimos muitas histórias e estórias. Tudo muito interessante quando acompanhado fisicamente pela visão dos castelos, mosteiros, igrejas, catacumbas, ruinas, escavações arqueológicas, escadarias sem fim, ladeiras e, indubitavelmente, o povo português com suas amabilidades e seus maneirismos.
Dentre as histórias ou estórias que ouvimos, resolvi registrar esta, do galo português, porque o galo como símbolo de Portugal sempre me intrigou bastante.
Eis o que nos contaram: um peregrino se dirigia a Santiago de Compostela nas tradicionais peregrinações a pé. Passando por Braga, no norte de Portugal, pediu pousada em uma fazendola. O proprietário o acolheu, deu-lhe de comer e autorizou-o a pernoitar num galpão que havia nos fundos da casa.
No meio da noite, surgiu por lá a esposa do anfitrião com uma conversa que o peregrino achou esquisita e a mandou de volta para seu marido.
Ofendida pela rejeição, a mulher resolveu vingar-se: escondeu na mochila do peregrino um objeto de prata de estimação de seu marido, e quando o marido deu pela falta, acusou o peregrino de tê-lo roubado. Acionaram a polícia da época e foram atrás do peregrino, que foi preso e, tendo o objeto sido encontrado em sua mochila, foi condenado a morte na fôrca.
O peregrino insistia constantemente em sua inocência, entretanto, e antes que o enforcassem pediu para falar com seu acusador. Levaram-no à presença do sitiante, que estava à mesa pronto para almoçar um enorme frango assado.
O peregrino lhe disse, mais uma vez, que era inocente. E olhando para o frango assado, afirmou: “Podem me enforcar, mas quando o fizerem esse galo vai cantar”.
Levaram-no dali diretamente para o cadafalso. No momento do enforcamento o nó de enforcamento não funcionou, salvando-lhe a vida, mas assim mesmo o galo cantou como o peregrino tinha previsto.
O fazendeiro, impressionado, mandou imediatamente um criado avisar que o peregrino era realmente inocente e devia ser solto, porque tinha operado um milagre: um galo assado tinha cantado como previra.
E assim, o “galo de Braga” se tornou um dos símbolos de Portugal.
Como disse, pode ser uma história ou apenas uma estória, mas não deixa de ser interessante.
Viajando em Portugal, ouvimos muitas histórias e estórias. Tudo muito interessante quando acompanhado fisicamente pela visão dos castelos, mosteiros, igrejas, catacumbas, ruinas, escavações arqueológicas, escadarias sem fim, ladeiras e, indubitavelmente, o povo português com suas amabilidades e seus maneirismos.
Dentre as histórias ou estórias que ouvimos, resolvi registrar esta, do galo português, porque o galo como símbolo de Portugal sempre me intrigou bastante.
Eis o que nos contaram: um peregrino se dirigia a Santiago de Compostela nas tradicionais peregrinações a pé. Passando por Braga, no norte de Portugal, pediu pousada em uma fazendola. O proprietário o acolheu, deu-lhe de comer e autorizou-o a pernoitar num galpão que havia nos fundos da casa.
No meio da noite, surgiu por lá a esposa do anfitrião com uma conversa que o peregrino achou esquisita e a mandou de volta para seu marido.
Ofendida pela rejeição, a mulher resolveu vingar-se: escondeu na mochila do peregrino um objeto de prata de estimação de seu marido, e quando o marido deu pela falta, acusou o peregrino de tê-lo roubado. Acionaram a polícia da época e foram atrás do peregrino, que foi preso e, tendo o objeto sido encontrado em sua mochila, foi condenado a morte na fôrca.
O peregrino insistia constantemente em sua inocência, entretanto, e antes que o enforcassem pediu para falar com seu acusador. Levaram-no à presença do sitiante, que estava à mesa pronto para almoçar um enorme frango assado.
O peregrino lhe disse, mais uma vez, que era inocente. E olhando para o frango assado, afirmou: “Podem me enforcar, mas quando o fizerem esse galo vai cantar”.
Levaram-no dali diretamente para o cadafalso. No momento do enforcamento o nó de enforcamento não funcionou, salvando-lhe a vida, mas assim mesmo o galo cantou como o peregrino tinha previsto.
O fazendeiro, impressionado, mandou imediatamente um criado avisar que o peregrino era realmente inocente e devia ser solto, porque tinha operado um milagre: um galo assado tinha cantado como previra.
E assim, o “galo de Braga” se tornou um dos símbolos de Portugal.
Como disse, pode ser uma história ou apenas uma estória, mas não deixa de ser interessante.
1 Comments:
At Thu May 17, 12:51:00 PM EDT, clau goes said…
adoro suas historias. Bjs
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