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Sunday, October 14, 2007

Aquecimento global

Êste artigo foi publicado pelo UOL em 30/01/07. Reproduzo-o aqui para possibilitar sua leitura por quem se interessar, para ilustrar um pouco a atribuição do Prêmio Nobel da Paz de 2007 a Al Gore e à ONU.
30/01/2007 - 11h27

Aquecimento deixará milhões famintos e sem água, diz estudo
Por Rob TaylorReutersEm Canberra (Austrália)
AS PROVÁVEIS CONSEQÜÊNCIAS

Derretimento de geleiras, como ade Vatnajokull, na Islândia, serão apenas uma das conseqüências
Seca: entre 1,1 bilhão e 3,2 bilhões de pessoas sem água
Fome: entre 200 a 600 milhões de pessoas sem alimentos
Inundações: 7 milhões de residências podem ser afetadas
Calor: Aumento médio de temperatura de 2 ou 3 graus Celsius
O aquecimento global fará com que milhões de pessoas passem fome por volta de 2080 e causará grave falta de água na China, na Austrália e em partes da Europa e Estados Unidos, segundo um novo estudo sobre o clima mundial.Até o final do século, as alterações climáticas farão com que a escassez de água afete entre 1,1 e 3,2 bilhões de pessoas, com um aumento médio de temperatura na ordem de 2 a 3 graus Celsius, segundo relatório preliminar do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática.O texto deve ser divulgado só em abril, mas o jornal australiano The Age teve acesso a seus dados. O estudo diz ainda que outros 200 a 600 milhões de pessoas enfrentarão falta de alimentos nos 70 anos seguintes, enquanto inundações litorâneas podem tragar outras 7 milhões de casas."A mensagem é que cada região da Terra terá uma exposição [ao aquecimento]", disse Graeme Pearman, um dos responsáveis pelo relatório, na terça-feira à Reuters."Se você olhar para a China, como a Austrália, ambas vão perder precipitações pluviométricas consideráveis em suas áreas agrícolas", disse Pearman, ex-diretor de clima da Organização da Comunidade Científica e de Pesquisa Industrial, principal órgão australiano do setor.
Um encontro de líderes mundiais sobre mudanças climáticas ajudaria a aproveitar o bom momento criado por notícias sobre a alteração de atitude em Washington em relação ao aquecimento global, disse nesta terça-feira um porta-voz do setor ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU).
ONU PRESSIONA POR ENCONTRO DE CHEFES-DE-ESTADO
Países pobres, como os da África e Bangladesh, seriam os mais afetados, por serem os menos capazes de lidarem com secas e inundações litorâneas, segundo o especialista.O Painel Intergovernamental foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa Ambiental da ONU para orientar as políticas globais sobre o aquecimento.O grupo deve divulgar na sexta-feira em Paris um relatório prevendo que até 2100 a temperatura média do mundo estará de 2 a 4,5C acima dos níveis pré-industriais, sendo que a estimativa mais provável é de 3C.Esse relatório deve resumir a base científica das mudanças climáticas, enquanto o texto de abril detalhará as consequências do aquecimento e as opções para se adaptar a ele.Seca na AustráliaO relatório preliminar contém um capitulo inteiro sobre a Austrália, que vive a pior seca da sua história, alertando que a Grande Barreira de Recifes se tornará "funcionalmente extinta" devido à destruição dos corais.Além disso, a neve deve sumir dos montes no sudeste do país, e o fluxo de água na bacia do rio Murray-Darling, principal área agrícola australiana, deve cair de 10 a 25 por cento até 2050.Na Europa, os glaciais vão desaparecer dos Alpes centrais, enquanto algumas ilhas do Pacífico devem ser muito atingidas pela elevação dos mares e intensificação da freqüência das tempestades tropicais.Num tom mais otimista, Pearman disse que ainda há muito que se pode fazer para lidar com o aquecimento. "As projeções no relatório que sai nesta semana se baseiam na pressuposição de que somos lentos em reagir e que as coisas continuam mais ou menos como no passado", afirmou.Alguns cientistas dizem que a Austrália, o continente mais seco do mundo, sofre uma "acelerada mudança climática" em comparação com outros países.

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